POR PEDRO JACOBI DO PORTAL GEOLOGO
Esta será a primeira matéria sobre o assunto, visando esclarecer e informar o que, realmente, existe por trás do fenômeno do aquecimento global.
AQUECIMENTO GLOBAL SEGUNDO O PORTAL DO GEÓLOGO: QUEM É O CULPADO ?
Poucos dias atrás foi publicado o primeiro relatório sobre o "Global Warming" o aquecimento global. Trata-se de um assunto importantíssimo que prevê inúmeras catástrofes de proporções variadas que irão afetar o nosso Planeta Terra como um todo.
O relatório está sendo discutido em todos os fóruns e em todos os cantos do planeta, recebendo uma grande atenção da mídia e causando uma reação de medo, quase irracional, de muitos. Afinal as previsões são terríveis e até mesmo catastróficas.
Nós do Portal do Geólogo concordamos plenamente que o aquecimento global existe e que as perspectivas para os próximos milhares de anos simplesmente não são nada boas. No entanto convém esclarecer que a forma como o assunto está sendo divulgado é cheia de erros graves tanto na fundamentação como na interpretação.
O maior erro de tudo isso está no fato de colocar o Homem como o grande vilão e único responsável pelo "Global Warming" o decantado Aquecimento Global.
Será isso verdade?
Será que, mais uma vez, somos os únicos responsáveis pelas muitas desgraças que afetam o nosso mundo?
A resposta é NÃO!
O Homem é, realmente, culpado de quase tudo o que o relatório fala, da poluição, das emissões de gases e das agressões ao meio ambiente que aumentam o efeito estufa que, por sua vez, acelera o aquecimento global. Mas, como veremos a seguir o Homem NÃO é o grande responsável pelo aquecimento global como muitos querem crer. O aquecimento global é um fenômeno que se repete a, aproximadamente, cada 100.000 anos em ciclos que antecedem a influência nefasta do Homem.
É isso mesmo! O aquecimento global está ligado a história da Terra e vem se repetindo a milhões de anos conforme os geólogos e cientistas bem sabem.
É possível que você já saiba, pelo menos, de uma parcela da história que iremos contar. Afinal quase todos ouvimos falar sobre as eras do gelo, e das glaciações que afetaram o globo causando a formação de extensas calotas polares e dos seres que habitavam estas imensas áreas geladas. Pois é, se existiram várias eras do gelo é óbvio que existiram, também, o mesmo número de eras de degelo ou de aquecimento global. Simples lógica...
A última glaciação terminou a, apenas 10.000 anos, um tempo reativamente curto na história do planeta. Nestes últimos milhares de anos o planeta vem se aquecendo gradativamente. Desde então o nível do mar já subiu mais de 120 metros, algo inimaginável por muitos. Com essas mudanças não só os mamutes, como um grande número de espécies, simplesmente desapareceram e foram extintas. Não há como evitar. Sempre que seres vivos enfrentam mudanças climáticas drásticas alguns, pouco adaptáveis, desaparecerão. Não será o caso do Homem... Veja você que até aí o Homem não pode ser responsabilizado.
Infelizmente o nosso conhecimento das variações climáticas é ainda incipiente. Até hoje, mesmo com o auxílio dos super-computadores, os meteorologistas não conseguem prever o que vai ocorrer com o tempo em 10 dias imagine em mil anos... Modelos de projeções climáticas rodam em vários super-computadores ao redor do mundo. Mas quem conhece computação sabe que a qualidade dos resultados é diretamente proporcional a qualidade da entrada destes mesmos dados... Como nós simplesmente conhecemos muito pouco sobre o clima, sua complexidade e inter-relações é natural que os modelos sejam alimentados com dados díspares. Alguns cientistas estão afirmando que em 100 anos o planeta esquentará em 10 graus centígrados. Uma catástrofe. Outros, mais conservadores, estão ficando entre 1 a 5 graus em 100 anos. Outros, ainda, com modelos distintos acreditam que o aquecimento poderá se transformar em resfriamento... Onde está a verdade?
Infelizmente não temos a resposta certa quanto ao futuro. Mas a simples observação do passado nos dá provas evidentes que a Terra está em processo de aquecimento global nos últimos 10.000 anos e que isso deverá continuar com ou sem o auxílio do Homem por mais 20 a 40 mil anos.
A medida que conhecemos o planeta em maior detalhe se tornam evidentes as enormes complexidades relativas ao clima global suas causas e efeitos. O nosso conhecimento se torna cada vez mais impreciso a medida que retornamos ao passado quando as estações meteorológicas eram raras ou inexistentes. Ainda bem que é possível fazer uma avaliação das temperaturas existentes no passado por meio de estudos efetuados em isótopos de oxigênio retidos nas geleiras, em anéis das árvores ou em sedimentos depositados em lagos e mares pretéritos.
É por meio destes estudos que os geólogos conseguiram visualizar os ciclos de resfriamento e degelo que afetaram o Planeta de hoje até centenas de milhares de anos atrás. No gráfico abaixo é possível ver, com imensa clareza, 5 ciclos completos. Cada ciclo é composto por uma época de resfriamento (azul) que causou a formação de enormes geleiras (glaciações) e aumento das calotas polares, seguido por uma fase de aproximadamente 40.000-50.000 anos de aquecimento (o aquecimento global em vermelho) que reduzia o gelo e aumentava o nível dos oceanos. Estes ciclos devem ser repetidos nos últimos milhões de anos mas, infelizmente, podemos medir com precisão somente os últimos 500.000 anos.
Surpreso ou desapontado? Qualquer um ficaria ao ver que uma grande parte da informação sobre o assunto lhe foi usurpada.
O principal culpado dessa desinformação é, infelizmente, uma parte da mídia sensacionalista e profundamente desinformada que martela todos os dias sobre os efeitos do aquecimento global e pouco fala de suas causas reais.
O assunto já está sendo discutido a décadas nos meios científicos. A principal explicação foi desenvolvida pelo cientista Sérvio Milutin Milankovitch em 1938 que estudou a órbita da Terra ao redor do Sol. Ele percebeu que existem variações nesta órbita que irão gerar ciclos de 23.000, 41.000 e 100.000 anos que correspondem a ciclicidade observada no gráfico acima e que causam as épocas de glaciações e de aquecimentos globais (degelo).
São essas variações na órbita terrestre ao redor do Sol que causam extensos períodos de esfriamento seguidos por extensos períodos de aquecimento global...os "Ciclos de Milankovitch".
Os ciclos de Milankovitch podem ser, portanto, estendidos por milhões de anos no passado e no futuro, enquanto a órbita da Terra manter o padrão por ele observado.
Um fato portanto fica claro. Nós não somos os culpados do aquecimento global que estamos observando agora que realmente começou a mais de 10.000 anos atrás quando as emissões de dióxido de carbono causadas pelo Homem eram simplesmente inexistentes. Somos sim culpados de poluir e, conseqüentemente, aumentar o efeito estufa. Mesmo se o Homem parar de poluir a atmosfera o aquecimento global continuará inexoravelmente por mais algumas dezenas de milhares de anos.
Nota do Portal do Geólogo: É importante observar que nós não pensamos de forma nenhuma em aceitar ou abonar as barbaridades que o Homem vem fazendo com a natureza o objetivo desta matéria é o de esclarecer sobre um assunto importante.
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UNIFORMITARISTAS, CATASTROFISTAS E AS GLACIAÇÕES
A humanidade toda é uniformitarista. O ser humano é por sua própria natureza psicológica uniformitarista, ninguém quer morrer e levamos nossas vidas como se fossemos viver eternamente. Mesmo sabendo que a vida é limitada e que um dia terá um fim, nos agarramos a qualquer estupidez que nos permita não lembrar o tempo todo que vamos morrer. Da mesma maneira que cada um de nós um dia encontrará o seu fim, ainda que não queiramos ter consciência disso, a humanidade inteira se encontra agora em risco iminente de extinção, mesmo que não o queira ver. A mente humana tem uma tendência de agir como se diz que faz a avestruz, “meter a cabeça em um buraco ao menor sinal de perigo”. Não gostamos de ver a realidade quando esta nos mostra coisas que preferiríamos não saber. Entra então em ação, a criatividade, proporcionando explicações destorcidas para tudo aquilo que não queremos acreditar.
Na verdade não se sabe quase nada sobre o processo de deflagração das glaciações, não há um só trabalho científico que demonstre cabalmente como ocorre. Tudo que sabemos é que todas as condições que caracterizam a fase precursora de todas as glaciações por que já passou nosso planeta, estão já configuradas nesta época em que estamos vivendo. No que diz respeito ao que se aceita atualmente há aqueles que as explicam como consequência do impacto de um meteorito, os que preconizam uma erupção massiva de vulcões, e por incrível que possa parecer a maioria dos que opinam sobre o assunto acatam a idéia de que as glaciações acontecem devido ao Ciclo de Milankovitch. Em 1938 Milankovitch concluiu sobre possíveis variações na órbita terrestre, isto os levam a supor que as glaciações aconteceriam a cada ciclo de vinte e três mil, quarenta e um mil ou cem mil anos, e que ocorrem desde milhões de anos na história da Terra. Parece que ninguém quer pensar no assunto, defendem estas bobagens sem sequer considerar que somente existem registros seguros de dezessete glaciações no nosso planeta e que somente existiu uma periodicidade mais ou menos constante entre três das últimas cinco. São muitos os argumentos com que ao longo do texto que apresento, derrubo estas suposições.
Mas a verdade é que ninguém fala abertamente sobre o assunto, ou o estuda com seriedade e quando o faz, utilizam os recursos milionários das suas ricas instituições, abastecendo seus supercomputadores com dados equivocados, partindo de suposições distantes da realidade e claro, obtendo resultados discrepantes. A cada dia mais bobagens se pode ler nas mais renomadas revistas científicas sobre o assunto. Como a recente pesquisa liderada por Thomas Crowley da Universidade de Edimburgo, Escócia, por exemplo. Sua equipe chega à conclusão de que a atual emissão de CO² vai atrasar ou até mesmo eliminar a possibilidade de que a mega-glaciação que prevêem, possa ocorrer um dia. Se assim fosse, não haveria ocorrido nunca uma glaciação na Terra, pois uma das poucas coisas que sabemos com segurança sobre as glaciações é que todas foram precedidas por um período de grande concentração de CO² na atmosfera, como a situação em que nos encontramos agora. Os próprios membros da equipe se mostram constrangidos e incrédulos com as constatações que eles mesmos chegaram.
Ninguém olha na direção que lhes poderia proporcionar as explicações corretas, a surpresa de todos será infame. Mesmo depois de muito conhecimento adquirido, a discordância básica entre os que se dedicam ao tema, não mudou nada nos últimos duzentos anos, entre catastrofistas e uniformitaristas a tonica das discussões segue sendo a mesma, com cada grupo ridicularizando e fazendo piadas sobre as teorias do outro. Todas as explicações dadas até agora, estão cheias de lacunas e pontos obscuros sem que nenhuma das facções possa responder às mais elementares questões. Já passa da hora de este tema ser levado a sério. A cômoda conveniência de se acreditar no uniformitarismo leva a humanidade a não conhecer a realidade que poderia trazer soluções para a crítica situação em que nos encontramos. Queremos todos, cientistas e leigos, que tudo continue como está, e por mais que tudo esteja desmoronando a nossa volta, chamamos catastrofistas aos que tem o bom senso de olhar para a direção correta e seguimos estudando as galáxias buscando respostas que nos permitam seguir acreditando que estes são problemas para daqui a dez ou cem mil anos. Enquanto isso, a bomba relógio está prestes a explodir bem debaixo dos nossos pés.
O primeiro em que temos que nos fixar para evitar erros, é no fato de que as glaciações não se caracterizam pelo simples congelamento dos mares por causa de baixas temperaturas na atmosfera, nem tampouco pela formação de gelo sobre os continentes, mas pelo acumulo de enormes quantidades de neve. As teorias preconizadas atualmente são simplesmente insustentáveis, pois as duas situações, água congelada nos mares e evaporação para que tenhamos precipitações seriam impossíveis simultaneamente. Água congelada não evapora, e isso é o que se preconiza nas diversas linhas de pensamento.
A Teoria da Desestabilização Geológica cuja íntegra pode ser encontrada no link: http://desestabilizacaogeologica.blogspot.com/ descarta as mirabolantes explicações intergalácticas, e demonstra da forma mais simples possível, buscando na geologia e na climatologia do nosso próprio planeta, explicar com todo detalhe, passo a passo, como ocorrem as glaciações, quais são os fatores envolvidos, os mecanismos e as ocorrências nas deflagrações das muitas eras glaciais que o nosso planeta já viveu. Assim como demonstra o perto que estamos da próxima dessas fases e suas consequências para a humanidade. O processo que introduz o planeta em uma era glacial é altamente convulsivo e pode iniciar-se a qualquer momento, já que todas as condições que antecedem uma glaciação estão já configuradas.
A Terra está a ponto de viver outra destas etapas e neste aspecto, somente lunáticos e desinformados podem discordar, pois todas as evidências nos permitem sabê-lo. Cabe agora, ainda que tardiamente, que nos ocupemos de explicar com propriedade como se deflagra e em que prazo realmente ocorrerá. O que se aceita até agora, é que o comportamento geológico do planeta deveria seguir estável, assim como estamos acostumados, mas as evidencias que exponho, infelizmente apontam para outra realidade. Quero entretanto ressaltar, que se não estivesse totalmente convencido de que ainda há muito que se pode fazer para reverter este processo, não me tomaria a tarefa de divulgar esta teoria. Mesmo sem ter qualquer garantia de êxito, estou seguro de que muito ainda se pode fazer. Se eu cresse que já nada pudesse ser feito, preferiria esperar e morrer junto com todos, desfrutando apenas do que nos resta desta maravilhosa existência, sem mais.
Muito ainda pode ser feito, o aquecimento global pode ser revertido e está em nossas mãos, o que não temos é tempo, nossa única possibilidade é atuar imediatamente. Ainda que a redução do efeito estufa possa demandar muito tempo, a temperatura da atmosfera pode ser reduzida rápida e drasticamente.
Atenciosamente,
Alexandre Afonso Furtado Leite
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