quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Perfuração Horizontal

Petrobras anuncia nova descoberta na Bacia de Santos

A Petrobras anunciou, no início da noite de hoje, a descoberta de uma jazida de óleo leve na região pré-sal da Bacia de Santos. O poço está localizado a 280 quilômetros da costa do Estado de São Paulo e tem profundidade de 5.350 metros.

A descoberta, feita pelo consórcio firmado entre a Petrobras e a portuguesa Galp Energia para exploração do bloco BM-S-21, no qual a brasileira tem 80% de participação, foi comprovada por indícios de petróleo e interpretação de perfis.

A Petrobras informa que o poço não foi testado por questões operacionais e de logística. Portanto, ainda não há definição a respeito do potencial da jazida.

"O consórcio dará continuidade às atividades e investimentos necessários para a verificação das dimensões da jazida, assim como das características dos reservatórios de petróleo, e está elaborando o Plano de Avaliação de Descoberta para ser encaminhado à ANP, conforme previsto no Contrato de Concessão", informa o comunicado divulgado pela estatal.

Em novembro, a Petrobras anunciou a descoberta do megacampo de petróleo de Tupi, em área ultraprofunda na Bacia de Santos, com reservas estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris.

Fonte: Agência Estado

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Para os "filões" de plantão, o mais novo revolucionário gerador de colas!!!



Se você é daqueles que não pode ver uma prova chegando, que já começa a correria atras de alguma cola (já que não estudou mesmo), ou perde horas e horas no Word ajeitando aquele gigantesco texto, para olhar na hora da prova? Esse programa pode resolver, ou pelo menos te dar uma ‘ajudinha’.
Apresento à você, o EMChuletator.
Ele fará todas suas colas num piscar de olhos!
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manipulação de imagem da Microsoft



um produto chamado Photosynth, baseado na tecnologia SeaDragon - de uma empresa adquirida pela fabricante do Windows, no ano passado. Observe o nível de aproximação das imagens, incluindo mapas, livros e obras de arte, além das possibilidades de navegação “multidimensional”. Recurso impressionante que poderá auxiliar direta ou indiretamente o curso como os demais cursos de engenharia.Vale a pena ver!!!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Sub Level Caving

IV ENGMINAS



Foto dos alunos da UFPE no IV ENGMINAS em Campina Grande.Na ordem da esquerda para direita: Luiz Filipe,Prof Róbson,Romero,Cleuber,Andrevhity, Kleber e Wellington.Enviada pelo aluno Luiz Filipe Campos da UFPE.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Kinross quer triplicar a extração de ouro no país

A valorização do ouro no mercado internacional fará a canadense Kinross investir US$ 470 milhões para triplicar a produção da Rio Paracatu Mineração (RPM), no noroeste de Minas Gerais. A jazida, controlada pelos canadenses desde 2005, terá a produção elevada das atuais 5,8 toneladas anuais para 15 toneladas anuais a partir de 2008.

O plano inicial dos canadenses era investir US$ 154 milhões para chegar a 10,5 toneladas anuais. O preço do metal preciosos elevado, porém, forçou a revisão do planejamento. Para este ano, a expectativa é de que o preço do ouro sofra uma valorização de 10%.

Ampliada, a RPM deverá registrar um faturamento anual de US$ 280 milhões. A receita da mineradora no ano passado foi de US$ 100 milhões. O comunicado oficial do investimento foi feito ontem, em Belo Horizonte, pelo vice-presidente de operações da Kinross Gold Corporation, Tim Baker. O investimento vai ampliar em 11 anos a vida útil da mina, que passará a ter exaustão prevista para 2036.

Segundo o presidente da Kinross Brasil, Manoel Carlos Lopes Cerqueira, a mina da RPM no município de Paracatu tem um dos menores teores de ouro do mundo. Mas as pesquisas realizadas mostraram o potencial das reservas. "O preço do ouro está em alta, principalmente em razão da insegurança mundial em alguns setores e do enfraquecimento do dólar", afirmou.

A previsão da Kinross é de que as obras de ampliação estejam concluídas até agosto de 2008. Durante as obras, a Rio Paracatu deverá empregar direta e indiretamente 2 mil pessoas. Com as novas instalações, a partir de setembro de 2008, serão gerados cerca de 150 novos empregos, além dos 550 atuais.

Minas Gerais é o maior exportador brasileiro de ouro. Dos US$ 658,5 milhões, exportados pelo Brasil, no ano passado, o Estado foi responsável por US$ 415,3 milhões. Além de Minas Gerais, a Kinross desenvolve pesquisas no Maranhão, Pará e Goiás.

Informações mais recentes do Departamento Nacional de Pequisa Mineral (DNPM), de 2005, mostram que a extração de ouro no Brasil caiu de 47,6 toneladas (contando mineração e garimpo) para 38,3 toneladas. Os números de 2006 ainda não foram divulgados.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Minas pelo mundo



Rock of Ages
Vermont, 1991



Rock of Ages
Active Granite Section, Wells-Lamson Quarry, Barre, Vermont, 1991



Rock of Ages
Active Section, E.L. Smith Quarry, Barre, Vermont, 1991


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Kennecott Copper Mine No. 22,
Bingham Valley, Utah 1983

Vale anuncia exploração de maior mina do mundo em MG; analistas mostram otimismo

Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira
23/10/07 - 19h18
InfoMoney


SÃO PAULO - A postura agressiva da Vale do Rio Doce na busca pela expansão de suas operações foi reforçada com um importante anúncio divulgado pela mineradora na terça-feira (23).

De acordo com informações veiculadas na imprensa, um ano após inaugurar a maior mina a céu aberto do mundo, a Brucutu, a Vale anuncia a exploração de uma mina ainda maior, localizada a poucos quilômetros de distância da Brucutu, no estado de Minas Gerais.

Segundo relatório da corretora Link, a mina "gigante" receberá investimentos da ordem de US$ 2,2 bilhões, e deverá ser construída num prazo de cerca de 36 meses, segundo o engenheiro responsável pela área de ferrosos da empresa no estado.

Na avaliação dos analistas da instituição, mesmo com aumento dos custos de equipamento e manutenção das minas, a demanda por minério de ferro deve continuar sólida pelos próximos anos com o auxílio da elevada procura chinesa pelo metal, o que tornaria a iniciativa um excelente investimento.

Momento favorável
O empreendimento em questão faz parte de um programa de investimentos da Vale que pretende elevar a produção de minério de ferro de 300 milhões para 400 milhões de toneladas no Brasil até 2012, destacou a Link.

Deste volume projetado para o País, 300 milhões de toneladas deverão ser lavrados no estado de Minas Gerais, com forte participação da Brucutu e da nova mina a ser explorada.

O momento favorável vivido pelo mercado internacional de minério de ferro foi ressaltado pela Link, que considerou a mineradora brasileira como uma das maiores beneficiadas por este cenário.

A corretora disse, ainda, acreditar que os preços do minério devem continuar fortes pelo menos para os próximos dois anos, puxados pela demanda chinesa.

A maior mineradora do mundo?
Estas premissas, aliadas à expectativa de elevação dos níveis produtivos com a entrada em operação da mina anunciada e à busca contínua por novos investimentos, devem levar a companhia brasileira a ser a maior mineradora mundial dentro de alguns anos; conclui a corretora.

Atualmente, a inglesa BHP Billiton responde pela liderança mundial no setor, sendo a Vale a segunda da lista. Na produção de níquel, a mineradora brasileira já responde pela maior fatia do mercado mundial, assim como no minério de ferro.

Perspectivas futuras
O anúncio vem em meio à expectativa do mercado em relação aos resultados operacionais referentes ao terceiro trimestre de operações da Vale, que serão apresentados na próxima quinta-feira, após o fechamento do mercado.

Tanto a Link quanto a Brascan acreditam que o desempenho no período deve vir abaixo do registrado no segundo trimestre, em grande parte devido a uma queda no preço médio negociado do níquel, que vem de recorde no trimestre anterior.

Ainda assim, a perspectiva continua positiva para ambas as instituições. A Link espera que as exportações para a China devem continuar crescendo, assim como a produção da Vale. Caso consiga entregar mais minério, a corretora acredita que os resultados da companhia podem surpreender, mesmo com a queda na cotação do níquel.

A Brascan procurou ressaltar o fato de que os preços do níquel no período foram atípicos e a manutenção dos patamares atingidos não deve prevalecer, pois estimula o desenvolvimento de novos projetos menos intensivos no níquel.

Vale investirá US$ 10 bi para abrir maior mina do mundo

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) vai investir US$ 10 bilhões na abertura da maior jazida de minério de ferro do mundo, localizada em Carajás, no Pará. A mina Serra Sul será aberta até 2012, segundo previsão do plano de investimento anunciado pela companhia para os próximos cinco anos.A meta é produzir 90 milhões de toneladas por ano - quase do mesmo tamanho da mina de Carajás que já está em operação. Será o primeiro projeto de minério de ferro já desenvolvido no mundo com estas dimensões. O recorde anterior era da própria Vale, com a abertura da mina de Brucutu, em Minas Gerais.A mina Serra Sul é o principal projeto dos próximos cinco anos para a companhia. O investimento global da Vale no período será de US$ 59 bilhões e inclui, além da abertura da nova mina, a expansão da produção na parte norte de Carajás (que passará de 100 milhões para 130 milhões de toneladas por ano) e o crescimento da produção em Maquiné-Baú, projeto do Sistema Sudeste, em Minas Gerais. A meta da companhia é produzir 450 milhões de toneladas de minério de ferro até 2012, 150 milhões a mais do que a atual capacidade entre os projetos do Pará e Minas Gerais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Araripina

Conferência debaterá em Belém a sustentabilidade socioambiental da mineração

Uma palestra de Paulo Haddad, ex-ministro do Planejamento e da Fazenda, marcará a abertura, na noite do dia 19 de novembro, da 2ª Conferência de Responsabilidade Socioambiental da Amazônia – Mineração Sustentável. Será no Teatro Maria Silvya Nunes, da Estação das Docas, em Belém, numa realização do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), com apoio institucional da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa).

A sessão de abertura terá a governadora paraense Ana Júlia Carepa, o presidente do Ibram, Paulo Camillo Penna, e o secretário de Geologia, Mineração e Transformação do Ministério de Minas e Energia, Cláudio Scliar. A exposição de Haddad terá como debatedores o deputado federal Nilson Pinto, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Cama dos Deputados; do secretário estadual de Meio Ambiente, Valmir Ortega; e do secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Virgilio Viana.

No dia 20, o painel “Inclusão social pela educação e formação profissional” terá duas palestras, a partir das 9 horas: o gerente de sustentabilidade da Alcoa falará sobre o programa de qualificação profissional do Projeto Juruti e o gerente geral de RH do Sistema Norte da Companhia Vale do Rio Doce, João Menezes, sobre a estratégia de educação e capacitação da empresa.

Logo depois estará em pauta o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) da Fiepa, numa explanação de David Leal, tendo como debatedores o deputado estadual Gabriel Guerreiro e o secretário-executivo da Adimb – Agência para o Desenvolvimento Tecnológico do Ibram.

À tarde, o primeiro painel será sobre “Mineração – rumo à excelência sem saúde e segurança do trabalho”, com José Henrique Farber, consultor do Ibram; Ademar Cavalcanti Silva Filho, da Mineração Rio do Norte; e Rinaldo Mancin, diretor de assuntos ambientais do Ibram. Debaterão o tema Every Aquino, do DNPM, e Waldemir Queiroz, da Imerys.

O último painel do evento terá como tema “Mineração – novas abordagens rumo à sustentabilidade”, com palestras de Júlio Nery, da Cadam/PPSA; e de Roberto Messias Franco, diretor de licenciamento ambiental do Ibama. Os debatedores serão Maria Amélia Henríquez, da Universidade Federal do Pará; e Carlos Souza, do Imazon. O encerramento da conferência está previsto para 18h15.

Pará Negócios

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Mina Subterrânea de Extração de Potássio

Conselho Federal de Engenharia abre 47 vagas: salários de até R$ 4 mil

São 34 funções de níveis médio e superior com salários de R$ 1.002,74 a R$ 3.956,88.As provas serão realizadas no dia 25 de novembro em Brasília.

Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

Inscrições
Entre as 12h do dia 23 de outubro e as 16h do dia 5 de novembro

Vagas
47 vagas em 34 funções
Taxa de inscrição
De R$ 20 a R$ 80

Salário
De R$ 1.002,74 a R$ 3.956,88

Provas
25 de novembro

O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) abriu concurso público para 47 vagas em 34 funções de níveis médio e superior. Os salários vão de R$ 1.002,74 a R$ 3.956,88. Veja aqui o edital.

As taxas de inscrição vão de R$ 20 a R$ 80. Somente será admitida inscrição via Internet, no endereço eletrônico do Instituto Cetro, entre as 12h do dia 23 de outubro e as 16h do dia 5 de novembro.
A partir do dia 19 de novembro de 2007, o candidato deverá conferir, no endereço eletrônico do Instituto Cetro, se os dados da inscrição efetuada via Internet foram recebidos, e se o valor da inscrição foi pago. Em caso negativo, o candidato deverá entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Candidato - SAC, do Instituto Cetro, no número (11) 3285-2777 , de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.

As provas serão realizadas na cidade de Brasília na data prevista de 25 de novembro.

Veja a lista de funções:

Administrador
Advogado
Analista de Tecnologia da Informação
Arquiteto
Assistente Administrativo
Assistente de Tecnologia da Informação
Auditor
Bibliotecário
Comunicação Social (Jornalismo)
Comunicação Social (Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas)
Contador
Especialista (Arquivologia)
Engenheiro Agrimensor
Engenheiro Agrônomo
Engenheiro Ambiental
Engenheiro Civil
Engenheiro de Controle e Automação
Engenheiro Eletricista
Engenheiro Eletrônico
Engenheiro Florestal
Engenheiro Mecânico
Engenheiro Químico
Especialista (Arte Visual ou Comunicação Social/ Publicidade e Propaganda ou Comunicação Visual ou Desenho Gráfico ou Desenho Industrial ou similar)
Especialista (Ciências Econômicas)
Especialista (Comunicação Social ou Letras)
Especialista (História)
Especialista (Pedagogia ou Psicologia)
Especialista (Psicologia ou Comunicação Social/Relações Públicas)
Especialista (Relações Internacionais)
Especialista (Secretariado Executivo)
Geólogo ou Engenheiro
Geólogo ou Engenheiro de Minas
Serviços Administrativos
Técnico em Contabilidade

Novo Curso de Engenharia de Minas

UFG abre inscrições para vestibular 2008

O vestibular 2008 terá novidades: a prova de 1ª etapa terá nove questões de abordagem interdisciplinar, envolvendo em suas resoluções mais de um campo de conhecimento. Na 2ª etapa, foram reduzidas de 34 para 28 as questões específicas para cada grupo de cursos. Nessa fase, as questões serão também relacionadas de maneira interdisciplinar. Serão oferecidos também seis novos cursos nos câmpus do interior do estado: engenharia de minas, engenharia civil e engenharia de produção em Catalão, enfermagem e ciências da computação em Jataí. No total, serão 240 novas vagas, 40 para cada novo curso. As provas da primeira etapa ocorrem no dia 18 de novembro e as da segunda etapa nos dias 10 e 11 de dezembro. A divulgação do resultado final está prevista para 31 de janeiro de 2008.

DETONAÇÃO NA MINA SOSSEGO

Minas para fins gerais

Fundamentais para a vida contemporânea, produtos derivados do trabalho de engenheiros de minas estão ao alcance da mão

“A Engenharia de Minas foi, para mim, uma caixinha de surpresa. Cada vez que eu a abria, adorava mais ainda.” Esse é o testemunho de alguém que tinha como primeira opção profissional a Medicina, mas que decidiu encarar a Engenharia de Minas sem olhar para trás. Tanto que só não foi aluna nota A em apenas uma das matérias do Instituto de Ciências Exatas, onde se passam os dois primeiros anos dos cursos da área de Exatas. E foi assim que Josiane Cordeiro Seixas, de 25 anos, foi parar na Mineração Morro Velho, em Nova Lima, onde trabalha com simulação de processos de produção da mina.
Josiane se formou no ano passado e foi imediatamente contratada depois de um estágio na Morro Velho. A facilidade de arrumar emprego, diz ela, é uma das boas surpresas da Engenharia de Minas. “A tendência é a de se manter essa facilidade, porque o curso tem formado menos profissionais do que o mercado demanda”, avalia ela, distribuindo conselho: “Todo mundo que me pergunta sobre a profissão, indico imediatamente o curso, porque ele é muito bom e o trabalho que a gente faz é melhor ainda”.
Divulgação / Mina Morro Velho
Mesmo trabalhando diretamente com software, Josiane conta que não se afastou do contato direto com a mineração. As simulações que faz no computador são observadas ao vivo nas profundezas da mina. “Tenho que conhecer de perto os processos, porque quanto mais próxima estiver da realidade, maior a possibilidade de que dê certo o planejado. É tudo muito diferente e o contato com a natureza é muito grande”, diz Josiane, que, do segundo ao quarto períodos, foi monitora de Matemática.
Nos três semestres seguintes, ela foi monitora de Geometria Descritiva e, no sétimo, estreou como bolsista de Iniciação Científica, com um projeto sobre flotação – um processo que separa os minerais com base em propriedades físico-químicas. O trabalho foi apresentado na Semana de Iniciação Científica, quando centenas de alunos, de todos os cursos, expõem os resultados das pesquisas que fizeram. “Foi uma época muito rica para mim e serviu para mostrar o quanto estava adorando o curso”, observa Josiane.
Não é difícil, mas exige estudo
Para o coordenador do Colegiado de Graduação, professor Adriano Heckert Gripp, o estudante que se interessar por Engenharia de Minas vai se deparar com uma realidade profissional muito favorável. Em primeiro lugar, o mercado de trabalho é atraente e, em segundo, o engenheiro não é aquele que está envolvido com atividades predatórias. Ao contrário, ele é quem cuida para que a mineração no país, uma atividade de extrema importância para a economia, seja realizada de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável.
Gripp avisa que o estudante deve gostar de Ciências Exatas, já que terá formação marcada pelo aprendizado de Matemática, Física, Química e Informática. Ele precisa ter, também, iniciativa e facilidade para trabalho em equipe.
Quais são as principais atividades do engenheiro de minas?
Ele possui campo de atuação bastante amplo, envolvendo toda a tecnologia mineral, desde a prospecção (procura de depósitos), passando pela exploração (estudo detalhado dos depósitos) e lavra (planejamento de mina e extração) até o beneficiamento (processamento, separação e/ou concentração do material extraído para adequá-lo às especificações de mercado). O engenheiro de minas é responsável, também, por todas as atividades que envolvem águas subterrâneas, além de atuar na área de geotecnia e de meio ambiente. Ele trabalha, ainda, em perícias, na emissão de pareceres técnicos, na fiscalização de projetos de mineração, na pesquisa e desenvolvimento de produtos, processos e equipamentos para a mineração.
Pela afinidade das áreas, o engenheiro de minas compete com o de metalurgia?
A Engenharia de Minas, mesmo não competindo diretamente, apresenta interfaces tanto com a Engenharia Metalúrgica como com a Geologia, o que faz com que, eventualmente, o engenheiro de minas tenha que desenvolver atividades integradas com as de geólogos e engenheiros metalúrgicos. A interface com a Engenharia Metalúrgica acontece na área de beneficiamento mineral, mas não há competição direta, visto que o engenheiro de minas é o responsável pela extração, preparação e fornecimento da matéria-prima usada pelo engenheiro metalúrgico. Deve-se ressaltar que as atividades de extração de bens minerais (lavra) são de competência exclusiva dos engenheiros de minas, definidas tanto pela legislação vigente como pela formação dada pelos cursos de Engenharia.
As grandes reservas minerais existentes no país fazem com o que o mercado de trabalho seja atraente?
De fato, o Brasil é um país rico em recursos minerais, detentor das maiores reservas mundiais de vários bens e grande exportador. Atualmente, vários projetos de mineração estão em fase de implantação, com grandes investimentos de capital nacional e multinacional, o que faz com que o mercado de trabalho seja altamente atraente e promissor.
Foca Lisboa
JOSIANE trabalha com software, mas não perde contato com a mineração
Os processos na mineração sempre foram identificados com o desrespeito ao meio ambiente. O que os engenheiros de minas fazem para reverter essa situação?
Existem total desconhecimento da importância da mineração para nossa sociedade e, ainda, tratamento inadequado e tendencioso dos assuntos ligados a essa atividade nos meios de comunicação. Os engenheiros de minas aplicam tecnologia avançada para reduzir o impacto ambiental causado pela atividade de mineração, envolvendo todos os aspectos técnicos, ambientais, de saúde e segurança relacionados com todas as etapas da produção de bens minerais.
Durante a formação acadêmica, a prática é estimulada?
O profissional de Engenharia de Minas necessita de sólidos conhecimentos teóricos antes de poder se dedicar à prática. A partir do oitavo semestre do curso, o aluno é incentivado a realizar estágios nas empresas de mineração e deve fazer, pelo menos, um estágio supervisionado para poder obter o diploma. Em paralelo, o curso mantém atividades e aulas práticas em laboratórios para todas as disciplinas em que isso é possível e os alunos realizam, ao longo do curso, várias visitas técnicas a minas e usinas de beneficiamento para observar e estudar o funcionamento dos processos e atividades em escala real.
Os alunos consideram o curso difícil. Isso é verdade?
Como qualquer curso de Engenharia, o de Minas exige dos alunos o aprendizado de Cálculo, Física, Química, Estatística e Informática, disciplinas consideradas difíceis por alguns. O curso da UFMG é um dos melhores, se não o melhor do Brasil, e, para se prepararem profissionais com esse perfil e essa capacidade, é necessário que os alunos estudem constantemente. Quem age assim não encontra a menor dificuldade.

Um pouco sobre o curso

Engenharia de minas estuda produção de minérios

ANDRÉ NICOLETTI
da Folha de S. Paulo.

Um dos maiores produtores mundiais de minérios, o Brasil só tem sete cursos de graduação em engenharia de minas, todos em instituições públicas. Com isso, os poucos profissionais que se formam não costumam encontrar dificuldades para conseguir entrar no mercado de trabalho.O engenheiro de minas é o responsável principal por todo o processo de identificação, extração, tratamento e venda dos mais diferentes recursos minerais, como minério de ferro, granito, argila, areia e até água mineral.A primeira etapa na implantação de uma mina pode ser exercida tanto pelos engenheiros quanto pelos geólogos. Antes de gastar milhões de reais com equipamentos e mão-de-obra, é preciso saber onde estão os minérios e em que concentração. Quando essas reservas são economicamente viáveis, são chamadas de jazidas."A parte mais científica, de análise de solo e estudo da rocha, costuma ser feita pelo geólogo. Já saber se é jazida, se o que está lá pode ser extraído, beneficiado e vendido com lucro é mais para o engenheiro", disse Adriano Heckert Gripp, coordenador da graduação da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).Descoberta a jazida, vem uma função privativa do engenheiro de minas: a definição de como extrair os minérios, ação chamada de lavra. Como os investimentos costumam ser altos, é feito um planejamento de longo prazo, em que já se sabe quanto será retirado nos próximos anos. Entretanto, de acordo com o mercado (os preços podem subir, por exemplo), esse plano é modificado.Segundo o professor da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) Carlos Alberto Pereira, o engenheiro de minas muitas vezes tem de planejar toda uma cidade em parceria com outros profissionais, já que as jazidas podem estar localizadas em lugares isolados. "Já trabalhei no meio da Amazônia. O engenheiro, nesses casos, tem de definir onde vai ser localizada a vila dos operários, para onde vão os rejeitos, como vai ser a rede de energia elétrica, onde vai ser feito o beneficiamento."O engenheiro de minas terá de definir ainda se a mina será a céu aberto ou subterrânea e como será feito o chamado desmonte da rocha, ou seja, como os minérios serão retirados do local onde estavam. O desmonte pode ser feito, por exemplo, com máquinas, como tratores, por meio de jatos de água ou por meio de explosivos.Por terem o único curso com disciplinas sobre desmonte de rochas com explosivos, os engenheiros de minas também podem ser chamados para ajudar em construções de túneis --no caso de serem encontradas rochas no caminho, por exemplo."Quando vai para a mina, o engenheiro tem de abrir túneis. É ele que determina a dimensão da abertura, se precisa fazer uma estrutura especial e se vai haver rampa para caminhões. Nessa parte, o curso tem uma interface grande com a engenharia civil", disse Jair Koppe, chefe do departamento de engenharia de minas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).Outra preocupação do engenheiro é evitar acidentes na mina, como o desmoronamento das paredes. Ele estuda a chamada mecânica das rochas, que é a análise das forças e resistências que atuam nas pedras. Nas minas subterrâneas, ele tem de pensar ainda na ventilação dos túneis e nas demais medidas de segurança. Depois de desmontada a rocha, os fragmentos têm de ser levados para o beneficiamento, onde o minério é tratado de acordo com a finalidade que terá depois.Na extração de pedras para construção civil, por exemplo, é preciso que elas tenham um determinado tamanho para que sejam usadas em obras. Então elas são fragmentadas durante o beneficiamento. Já no caso de outros minérios, como o de ferro, é preciso separar a parte que interessa economicamente do restante, aumentando sua concentração. Para isso são usados processos químicos e físicos, que também podem ser planejados por engenheiros metalúrgicos e químicos.Com o minério já beneficiado, o engenheiro de minas pode ainda atuar na sua venda e na de máquinas especiais, na de reagentes químicos e na de outros componentes envolvidos na mineração.